Thierry Guimbaud, chefe da Autoridade Reguladora dos Transportes: "Em termos de concorrência, a indústria ferroviária vai atingir um ponto crítico"

Desde a sua criação em 2009, a Autoridade Reguladora dos Transportes (ART) tem apoiado a chegada de concorrentes à rede ferroviária. Essa tendência se intensificou nas últimas semanas com a ascensão da Trenitalia na rede de alta velocidade e a operação, desde junho, da linha TER Marselha-Nice pela empresa alemã Transdev . Para o presidente da ART, Thierry Guimbaud, a revolução atual deve ser acompanhada por mudanças sistêmicas para que a chegada da concorrência beneficie os passageiros.
Em um mundo ferroviário em rápida mudança, com a chegada concreta da concorrência em diversas linhas, qual é o papel da ART?Existe um regulador porque existe um monopólio que não é o de uma empresa de transporte – a SNCF Voyageurs – mas sim o da SNCF Réseau, a gestora da infraestrutura. A ART garante que as taxas de pedágio não excedam os custos e que a gestora seja incentivada a atuar, visto que, na ausência de mercado, existe o risco de rentismo ou de ineficiência econômica da empresa monopolista.
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Le Monde